Qual foi a maior diversão que já teve como Chef?
Ter a minha filha de 4 anos na cozinha a destabilizar o trabalho, mas também a fazer muitas perguntas. E outra quando ganhámos no mesmo ano três prémios pelo Luanda Nightlife, nas categorias “Melhor Entrada”, “Melhor Sobremesa” e “Melhor Restaurante do Ano”. Entretanto, recentemente, gostei de conhecer a fábrica da Vista Alegre. Ter o privilégio de entrar numa área restrita onde estão os pratos desenhados por artistas de renome, participar como júri principal num programa de televisão, foi uma experiência e que foi muito boa.
Qual foi o seu pior pesadelo na cozinha?
Já tive vários, como em pleno Hotel da Fortaleza do Guincho (Portugal) deixar queimar a sopa (risos). No Café Del Mar, tive um cliente a passar muito mal porque comeu algo de era alérgico. No Hotel Samba, tive a cozinha quase a pegar fogo. Entretanto, nenhum desses momentos foi pior que a notícia que tinha falecido um elemento da minha equipa.
Em que outros restaurantes, além desse que citou, já trabalhou? O que mais gostou da experiência?
Já trabalhei no EPur (Portugal) que, tal como o Fortaleza do Guincho, tem Estrela Michelin. Curiosamente, o Chef era o mesmo em ambos. Gostei muito das técnicas de empratamento, a disciplina e o respeito pelos ingredientes.
Apesar de estar baseado em Angola, já visitou alguns países. Que experiências gastronómicas tem vivido?
Na África do Sul, fui a um restaurante (Gold), de menu degustação com comida africana de vários países. Foi uma experiência muito marcante. Também tive boa experiência no no EPur (Portugal), Eleven (Portugal), Fogo (Portugal) e La Colombe (África do Sul). O que estes restaurantes têm em comum é que são muito fortes nos detalhes e o que mais gostei foi o ambiente criado à volta da grande estrela, que é a comida poder brilhar e ser o destaque.
Em que restaurantes mais gosta de comer além do seu?
Infelizmente, quando não estou de férias a minha escala quase que não permite ir comer fora. Mas quando vou, procuro sabores asiáticos.
Além da culinária angolana, que é a base do seu trabalho, que outras experiências gastronómicas procura, em termos de origem dos ingredientes?
Gosto muito da culinaria egípcia, que faz uso intensivo de legumes e está muito bem posicionada em vários países.
Se hoje surgisse a oportunidade para criar o seu próprio restaurante, o que ele traria de diferente?
Primeiro seria a localização ou o que envolve a volta. Gostava de ter um restaurante mais conectado com a natureza. Segundo, o menu e a apresentação dos meus pratos seria distintos.
Ouvimos que o ano passado esteve entre os Chefs escolhidos pelo StandardBank. Quer partilhar essa experiência?
Foi muito boa! Quando recebi o contacto, senti que estou a trabalhar bem, que estou no caminho certo, tudo muito natural. Ser chamado por uma marca de prestígio mundial como StandarBank é fantástico. O conceito do jantar e a forma como fizemos as coisas são experiências marcantes e que agregam muito valor ao nosso currículo.
Com que frequência cozinha em casa para sua família?
Quase nunca cozinho. Querem comer venham ao restaurante (risos). Faço muito pequeno-almoço para as minhas filhas e é um dos poucos momentos que podemos ter a refeição juntos. Faço uma salada que a Lory (filha) adorou quando criei e agora esse prato está, em homenagem a ela, no menu do novo espaço que abrimos.
Existe ainda uma certa reclamação face à carência de alguns produtos no mercado nacional. Tem sentido o mesmo?
Não podemos tratar o nosso mercado como herói nem como Vilão. Para mim é só isso. O resto é olhar o que temos e trabalhar, sermos criativos.
Onde normalmente adquire os produtos?
Em todo lado. Mas se forem legumes e frutas, somos mais abastecidos pelo mercado informal.
Qual você considera o alimento mais subestimado, mas que dá o toque especial nas suas confecções?
Não acho que exista ingredientes mais substimados.Tudo depende da formação e da preparação do cozinheiro. Mas, os mais complicados para mim são os perecíveis que estragam com facilidade.
E quem cozinha para um Chef?
Quem quiser tratar-me com amor, as pessoas ficam sem jeito quando estou à mesa e vão cozinhar para mim. Eu quero sempre o mais simples possível e acho que também mereço (risos).
Três ingredientes indispensáveis?
-Água
-Sal
-Legumes
Perfil
Octávio Neto é um cozinheiro que chefia vários restaurantes do mesmo Grupo. Actualmente chef de cozinha residente no Restaurante Bessangana, é o chefe de cozinha mais premiado pelo LNL. Pai de 4 princesas, tem 35 anos de idade, considera amante do que faz (cozinha). É profissional muito criativo e está sempre à procura de novos sabores.
Qual foi a maior diversão que já teve como Chef?
Ter a minha filha de 4 anos na cozinha a destabilizar o trabalho, mas também a fazer muitas perguntas. E outra quando ganhámos no mesmo ano três prémios pelo Luanda Nightlife, nas categorias “Melhor Entrada”, “Melhor Sobremesa” e “Melhor Restaurante do Ano”. Entretanto, recentemente, gostei de conhecer a fábrica da Vista Alegre. Ter o privilégio de entrar numa área restrita onde estão os pratos desenhados por artistas de renome, participar como júri principal num programa de televisão, foi uma experiência e que foi muito boa.
Qual foi o seu pior pesadelo na cozinha?
Já tive vários, como em pleno Hotel da Fortaleza do Guincho (Portugal) deixar queimar a sopa (risos). No Café Del Mar, tive um cliente a passar muito mal porque comeu algo de era alérgico. No Hotel Samba, tive a cozinha quase a pegar fogo. Entretanto, nenhum desses momentos foi pior que a notícia que tinha falecido um elemento da minha equipa.
Em que outros restaurantes, além desse que citou, já trabalhou? O que mais gostou da experiência?
Já trabalhei no EPur (Portugal) que, tal como o Fortaleza do Guincho, tem Estrela Michelin. Curiosamente, o Chef era o mesmo em ambos. Gostei muito das técnicas de empratamento, a disciplina e o respeito pelos ingredientes.
Apesar de estar baseado em Angola, já visitou alguns países. Que experiências gastronómicas tem vivido?
Na África do Sul, fui a um restaurante (Gold), de menu degustação com comida africana de vários países. Foi uma experiência muito marcante. Também tive boa experiência no no EPur (Portugal), Eleven (Portugal), Fogo (Portugal) e La Colombe (África do Sul). O que estes restaurantes têm em comum é que são muito fortes nos detalhes e o que mais gostei foi o ambiente criado à volta da grande estrela, que é a comida poder brilhar e ser o destaque.
Em que restaurantes mais gosta de comer além do seu?
Infelizmente, quando não estou de férias a minha escala quase que não permite ir comer fora. Mas quando vou, procuro sabores asiáticos.
Além da culinária angolana, que é a base do seu trabalho, que outras experiências gastronómicas procura, em termos de origem dos ingredientes?
Gosto muito da culinaria egípcia, que faz uso intensivo de legumes e está muito bem posicionada em vários países.
Se hoje surgisse a oportunidade para criar o seu próprio restaurante, o que ele traria de diferente?
Primeiro seria a localização ou o que envolve a volta. Gostava de ter um restaurante mais conectado com a natureza. Segundo, o menu e a apresentação dos meus pratos seria distintos.
Ouvimos que o ano passado esteve entre os Chefs escolhidos pelo StandardBank. Quer partilhar essa experiência?
Foi muito boa! Quando recebi o contacto, senti que estou a trabalhar bem, que estou no caminho certo, tudo muito natural. Ser chamado por uma marca de prestígio mundial como StandarBank é fantástico. O conceito do jantar e a forma como fizemos as coisas são experiências marcantes e que agregam muito valor ao nosso currículo.
Com que frequência cozinha em casa para sua família?
Quase nunca cozinho. Querem comer venham ao restaurante (risos). Faço muito pequeno-almoço para as minhas filhas e é um dos poucos momentos que podemos ter a refeição juntos. Faço uma salada que a Lory (filha) adorou quando criei e agora esse prato está, em homenagem a ela, no menu do novo espaço que abrimos.
Existe ainda uma certa reclamação face à carência de alguns produtos no mercado nacional. Tem sentido o mesmo?
Não podemos tratar o nosso mercado como herói nem como Vilão. Para mim é só isso. O resto é olhar o que temos e trabalhar, sermos criativos.
Onde normalmente adquire os produtos?
Em todo lado. Mas se forem legumes e frutas, somos mais abastecidos pelo mercado informal.
Qual você considera o alimento mais subestimado, mas que dá o toque especial nas suas confecções?
Não acho que exista ingredientes mais substimados.Tudo depende da formação e da preparação do cozinheiro. Mas, os mais complicados para mim são os perecíveis que estragam com facilidade.
E quem cozinha para um Chef?
Quem quiser tratar-me com amor, as pessoas ficam sem jeito quando estou à mesa e vão cozinhar para mim. Eu quero sempre o mais simples possível e acho que também mereço (risos).
Três ingredientes indispensáveis?
-Água
-Sal
-Legumes
Perfil
Octávio Neto é um cozinheiro que chefia vários restaurantes do mesmo Grupo. Actualmente chef de cozinha residente no Restaurante Bessangana, é o chefe de cozinha mais premiado pelo LNL. Pai de 4 princesas, tem 35 anos de idade, considera amante do que faz (cozinha). É profissional muito criativo e está sempre à procura de novos sabores.